A hidrocortizona é um anti-inflamatório esteróide de administração intramuscular ou intravenosa. Pode ser encontrado também sob a denominação de Flebocortid ou Cortizonal.
Indicação
Asma brônquica; otite ulcerativa; doença do colágeno; edema angioeneurótico; inflamação grave; insuficiência supra-renal; Pêfingo; reação alérgica grave.
Efeitos colaterais/ Reações adversas
Catarata; fraqueza muscular; perda óssea; indigestão; dor nas costas; escoriações; candidíase oral. (associados ao tratamento prolongado)
Apresentação
Cx. c/ 1 fr. de 100 mg de hidrocortisona c/ 1 ampola de 2 ml de diluente. cx. c/ 1 fr. de 500 mg de hidrocortisona c/ 1 ampola de 4 ml de diluente.
Interação Medicamentosa
Fenobarbital, fenitoína, rifampicina e efedrina: podem aumentar a depuração dos corticóides, reduzindo seus efeitos terapêuticos, podendo requerer um ajuste na dosagem do corticóide.
Troleandomicina: pode inibir o metabolismo dos corticóides, ocasionando o aumento da sua concentração plasmática, meia- vida de eliminação e os efeitos terapêuticos e tóxicos. A dosagem de corticóide deverá ser ajustada durante e no decorrer do tratamento.
Ácido acetilsalicílico e salicilatos: corticóides podem aumentar a eliminação do ácido acetilsalicílico, portanto o ácido acetilsalicílico deve ser usado com cautela em associação com corticóide nos casos de hipoprotrombinemia. Os salicilatos podem ter suas concentrações séricas diminuídas ou o risco de toxicidade aumentado, durante o uso concomitante com corticóides.
Anticoagulantes cumarínicos: os corticóides alteram a resposta dos anticoagulantes, portanto os índices de coagulação devem ser monitorados, para manter adequado o efeito anticoagulante.
Anfotericina B e inibidores da anidrase carbônica: o uso concomitante com corticóides pode resultar em hipocalemia severa e deve ser utilizado com cautela, as concentrações séricas de potássio e a função cardíaca deverão ser monitorizados durante essa associação. O uso de hidrocortisona para controle das reações adversas da anfotericina B pode resultar em casos de inchaço cardíaco e insuficiência cardíaca congestiva. O uso concomitante de corticóide com acetazolamina sódica pode aumentar o risco de hipernatremia e/ou edema por retenção de sódio e líquidos causados pelo corticóide; o risco dependerá da necessidade de sódio do paciente tratado. Deve- se considerar que o uso concomitante crônico de inibidores da anidrase carbônica e corticóides pode levar ao aumento do risco de hipocalemia e osteoporose pois inibidores da anidrase carbônica também aumentam a secreção de cálcio.
Contraceptivos orais e estrógenos: podem alterar o metabolismo e a ligação às proteínas, diminuir a depuração e aumentar a meia- vida de eliminação, assim como, os efeitos terapêuticos e tóxicos dos corticóides, portanto a dose do corticóide deve ser ajustada durante essa associação.
Diuréticos depletores de potássio: podem causar o aparecimento de hipocalemia severa, nesse caso, recomenda- se a monitorização da concentração sérica de potássio e da função cardíaca.
Glicosídios digitálicos: podem aumentar a possibilidade de arritmias ou intoxicação digitálica associada à hipocalemia.
Anti-iflamatórios não esteroidais e álcool: podem aumentar a incidência ou a gravidade de ulceração gastrointestinal ou hemorragias.
Antidiabéticos orais e insulina: podem aumentar a concentração de glicose sanguínea, portanto, se necessário, deve- se reajustar a posologia do hipoglicemiante.
Imunossupressores: podem aumentar os riscos de infecções e desenvolvimento de linfomas ou outras desordens linfoproliferativas.
Bloqueadores neuromusculares despolarizantes: podem aumentar os riscos de depressão respiratória, por relaxamento prolongado.
Vacinas de vírus vivos ou outras imunizações: podem aumentar os riscos de reações adversas.
Preparo
Este preparado pode ser administrado por injeção ou infusão intravenosa, ou por injeção intramuscular, sendo a injeção intravenosa o método preferido para iniciar o tratamento em casos de urgência.
O tratamento se inicia administrando Solu-cortef (succinato sódico de hidrocortisona) por via intravenosa em um período de 30 segundos (por exemplo, succinato sódico de hidrocortisona equivalente 100 mg de hidrocortisona) a 10 minutos (por exemplo, 500 mg ou mais). Em geral, o tratamento com corticóides em doses elevadas deverá ser continuado somente até que o estado do paciente tenha se estabilizado, geralmente em não mais de 48 a 72 horas. Embora não sejam comuns as reações adversas com altas doses em terapia de curta duração, pode ocorrer ulceração péptica. Pode ser indicado, profilaticamente, um antiácido. Quando o tratamento com doses elevadas de hidrocortisona for prolongado por mais de 48-72 horas, pode ocorrer hipernatremia. Em tais circunstâncias, é recomendável substituir Solu-cortef (succinato sódico de hidrocortisona) por um corticóide como succinato sódico de metilprednisolona, que produz pequena ou nenhuma restrição de sódio.
A dose inicial de Solu-cortef (succinato sódico de hidrocortisona) é de 100 a 500 mg (hidrocortisona equivalente a succinato sódico de hidrocortisona), dependendo da gravidade do quadro. Esta dose pode ser repetida a intervalos de 2, 4 ou 6 horas, de acordo com a resposta do paciente e seu estado clínico. Embora a dose possa ser reduzida em crianças, deve ser regida mais pela gravidade da doença e resposta do paciente do que por sua idade ou peso corporal. Não deverá, porém, ser menor que 25 mg ao dia. Pacientes sujeitos a stress severo após corticoterapia, devem ser observados quanto à possibilidade de desenvolver insuficiência adrenocortical.
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