Cálculo renal ou litíase renal (pedra no rim) trata-se de uma massa sólida formada por fragmentos de cristais, que podem ser encontrados tanto nos rins quanto em qualquer outro órgão do trato urinário.
É a doença mais frequentes do trato urinário, e os fatores mais importantes são herança genética e alimentação. Estão também envolvidas causas como raça, idade, sexo e atividade física.
Após 5 a 10 anos do primeiro episódio de litíase, a recorrência é comum e aproximadamente 50% dos pacientes apresentarão um segundo episódio, isso se não for submetido a nenhum tipo de tratamento.
Existem 5 tipos de cálculos
- Cálculos de cálcio: são decorrentes de alterações do metabolismo do cálcio em combinação com oxalato ou fosfato (que estão presentes em uma dieta normal e fazem parte dos ossos e músculos). Esses cálculos representam 75% de todos os cálculos renais.
- Cálculos de ácido úrico: São resultantes da produção interna e da ingesta protéica. Apenas 25% dos pacientes com gota formam cálculo. Também surgem em situações, onde a urina torna-se muito ácida.
- Cálculos de cistina: Ocorre devido uma alteração hereditária do metabolismo dos aminoácidos. Representa 1% dos cálculos.
- Cálculos de estruvita: Indica que houve uma infecção prévia, principalmente em pacientes com infecção por Proteus, Pseudomonas e Klebsiella. O cálculo geralmente formado é o coraliforme (forma de coral).
Principais fatores de risco:
- Questões nutricionais (baixa ingestão hídrica, dieta pobre em cálcio e rica em proteína e sódio);
- História prévia pessoal ou familiar de nefrolitíase;
- Infecção urinária de repetição;
- Hipertensão, diabetes e obesidade.
A cólica renal ocorre devido distensão da cápsula renal (envoltório do rim) e do próprio rim.
São secundárias também ao aumento dos movimentos e espasmo dos “cálices renais”.
Sintomas de Cálculo renal
O primeiro sintoma de um cálculo renal é a dor intensa, que inicia subitamente quando a pedra se move no trato urinário, causando irritação e obstrução. Outros Sintomas:
- Dores intensas e que se espalham pela região abdominal
- Dores oscilantes, variando de intensidade.
- Dor ao urinar;
- Urina avermelhada (presença de sangue);
- Urina com cor escura e com cheiro forte;
- Náusea e vômito;
- Sensação persistente e micções frequentes;
- Febre e calafrios, em caso de infecção.
Diagnóstico:
- Exame de sangue: revela as quantidades de cálcio e ácido úrico no sangue;
- Exame de urina: mostra se o paciente está excretando uma quantidade maior de substâncias que podem estar relacionadas à formação de pedras no rim por meio da urina;
- Exames de imagem: como raios-X e ultrassons, poderão exibir a presença de cálculos dentro do trato urinário.
Tratamento (Procedimento/Cirurgias):
- Litotripsia Extracorpórea (LECO): indicado para cálculos de até 2 cm de diâmetro. Os cálculos são fragmentados por um aparelho que gerador de ondas sonoras que em contato com a água transformam-se em ondas de choque mecânico. O dorso do paciente fica encostado com a fonte geradora e o procedimento pode ser feito com sedação. Os cálculos são fragmentados em pequenas partículas e são eliminados espontaneamente.
- Ureterolitotripsia Endoscópica: Utiliza métodos minimamente agressivos para o tratamento cirúrgico do cálculo.
- Nefrolittripsia Percutânea: Método pelo qual se aborda o cálculo por uma punção direta no rim. Esta punção é feita nas costas, logo abaixo da última costela. Com isto é possível introduzir aparelhos que fragmentam e retiram o cálculo. Este método é empregado em cálculos renais acima de 2cm, cálculo coraliforme, cálculo em rim transplantado e rim em ferradura.
- Ureterolitotripsia: Realizada através da introdução de um aparelho muito fino (ureteroscópio), semi-rígido ou flexível, pelo ureter, que apresenta um canal no seu interior por onde se pode fragmentar e extrair o cálculo com pinças especiais. Os cálculos ureterais abaixo de 5 mm, quando muito próximos da bexiga têm grande chance de serem expelidos espontaneamente. Quando isso não ocorre, ou quando são maiores, devem ser extraídos cirurgicamente ou por LECO.
Prevenção:
- Ingestão de muita água durante o dia (2 a 3 litros);
- Alimentação com comidas pobres em oxalato, como espinafre, beterraba, nozes, batata doce, chocolate, café, morango e chá.
- Reduzir as quantidades de sal e proteína nas refeições;
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