A histerectomia consiste na retirada cirúrgica do útero, podendo ser realizada em nível vaginal ou abdominal (subtotal, total e total com salpingooforectomia bilateral). Quando se trata de uma histerectomia subtotal o corpo do útero é removido, porém o coto cervical permanece. Esse procedimento é indicado em vários casos de patologias uterinas, dentre elas citam-se os miomas do útero, ou seja, tumores comuns, benignos (não cancerígenos) que crescem no músculo do mesmo.
A maioria dos miomas não cria problemas, diminuindo depois da menopausa, porém, outros podem levar a grandes perdas de sangue e dor, devido os mesmos originarem uma pressão sobre os órgãos adjacentes, sendo estas as manifestações clínicas que levam ao diagnóstico. Tal tumor desenvolve-se em mulheres na faixa etária dos 25 aos 50 anos de idade, tendo como método principal de detecção a ultrasonografia dentre outros exames, pois esta identifica o tamanho e a localização do mesmo, o que cursa geralmente para o tratamento cirúrgico, quando a terapêutica medicamentosa não é efetiva.
O bem-estar do paciente deve constituir o principal objetivo dos profissionais que assistem o paciente cirúrgico, pois, no período pré-operatório, estes podem apresentar um alto nível de estresse, bem como desenvolver sentimentos que podem atuar negativamente em seu estado emocional, tornando-os vulneráveis e dependentes. Observa-se que, muitas vezes, o estado de estresse independe do grau de complexidade da cirurgia, assim como tem relação com a desinformação no que diz respeito aos procedimentos da cirurgia, à anestesia e aos cuidados a serem realizados.
Cuidados pós-cirúrgico
Além dos medicamentos analgésicos, anti-inflamatórios e antibióticos indicados pelo ginecologista para aliviar a dor e evitar infecção, nos primeiros dias é comum haver sangramentos vaginais. Além disso, alguns cuidados importantes são necessários:
- Repousar, evitar pegar pesos, fazer atividades físicas ou movimentos bruscos por pelo menos 3 meses;
- Evitar contato íntimo (relação sexual), com duração de acordo com orientação médica;
- Fazer pequenas caminhadas em casa ao longo do dia, evitando ficar o tempo todo na cama para melhorar a circulação e evitar trombose.
Os principais riscos da histerectomia são hemorragia, problemas com a anestesia e complicações em órgãos vizinhos, como intestino e bexiga.
Sinais de complicações após a cirurgia:
- Alguns sinais que indicam complicações após a cirurgia são:
- Febre persistente acima de 38ºC;
- Vômitos frequentes;
- Dor forte no abdômen, que persiste mesmo com a tomada dos remédios para dor indicados pelo médico;
- Vermelhidão, sangramentos ou presença de pus ou secreção com mau cheiro no local do procedimento;
- Presença de sangramentos maiores do que os da menstruação normal.
Na presença de algum desses sinais, deve-se procurar o pronto socorro para avaliar possíveis complicações da cirurgia.Após a cirurgia de retirada do útero, a mulher não irá mais menstruar e nem poderá mais engravidar. No entanto, o apetite sexual e o contato íntimo se manterão, permitindo uma vida sexual normal.
Nos casos em que a cirurgia inclui a retirada dos ovários (ooforectomia), ocorre o início dos sintomas da menopausa, com presença de calor constante, diminuição da libido, secura vaginal, insônia e irritabilidade. Quando ocorre a remoção dos dois ovários, também será preciso iniciar uma terapia de reposição hormonal, que reduzirá os sintomas característicos da menopausa.
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