ANVISA proíbe termômetro e aparelho de pressão com mercúrio


A ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou uma resolução que proíbe a fabricação, importação e venda no país de termômetros e aparelhos de pressão com mercúrio a partir de 2019.

Os aparelhos têm uma coluna transparente, contendo mercúrio no interior, com a finalidade de aferir valores de temperatura corporal (no caso do termômetro) e pressão arterial (no caso do esfigmomanômetro).

A decisão atende ao acordo da Convenção de Minamata, assinado em 2013 por 140 países, entre eles o Brasil. O acordo prevê que esses equipamentos deixem de ser utilizados até 2020. O objetivo é evitar danos à saúde e ao ambiente.

O nome da convenção remete aos problemas causados pela contaminação por mercúrio na cidade de Minamata, no Japão, quando houve aumento no atendimento de crianças e adultos com problemas no sistema nervoso, situação depois associada ao descarte irregular de mercúrio em uma baía por uma indústria da região.

A Anvisa destaca que no mercado já existem os termômetros e medidores de pressão digitais, alternativos aos com a coluna de mercúrio.

Hoje, há apenas uma empresa que possui registro no Brasil para venda de um aparelho de pressão com mercúrio, e outras duas com registro de termômetros com mercúrio importados. Em contrapartida, há 63 registros de termômetros e 42 de aparelhos de pressão digitais.

A Anvisa também já havia apresentado uma proposta, no ano passado, para proibição desses equipamentos, por meio de consulta pública. Agora, a resolução prevê o prazo de até 1º de janeiro de 2019 para que o uso desses equipamentos seja substituído nos serviços de saúde de todo o país.



Fonte: Folha de S. Paulo | Agencia Brasil


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